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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

foi Noticias nos Jornais

Estudo aponta o cigarro como responsável por aneurismas
 
Todos os pacientes que tiveram aneurisma cerebral nos últimos três anos no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas (SP), foram vítimas do cigarro.
O estudo, feito pelo coordenador da área de neurologia do hospital, Yvens Barbosa Fernandes, identificou também que o vício se reflete nas áreas de oncologia e clínica médica, onde ficam internados pacientes com câncer, problemas no coração e no pulmão.
Fernandes colheu durante três anos depoimentos de todos os internados no andar do hospital que cuida de doentes neurológicos e com problemas ortopédicos. Segundo ele, todos os que apresentaram aneurisma cerebral eram fumantes ou ex-fumantes, e 50% dos que tinham problema na coluna, como hérnia de disco e osteoporose, também já haviam fumado.
Baseado nesses dados, o médico está escrevendo um artigo intitulado “A maior arma de destruição em massa”. De acordo com Fernandes, o tabaco é um dos grandes problemas de saúde pública mundial, e deve ser enfrentado com muita informação e restrições à indústria.
Outro levantamento feito na semana do dia 20 de agosto contabilizou que, dos 22 internados na área clínica do hospital, 14 tinham histórico de tabagismo, quase 65% do total. Desses, quatro eram fumantes ativos e apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (2), câncer de próstata (1), e infarto (1). Os ex-fumantes estavam internados por DPOC (4), pneumonia (1), problema cardíaco (1) e AVC (Acidente Vascular Cerebral) (1).
Diminuição do número de fumantes
Segundo o Ministério da Saúde, o número de fumantes vem diminuindo no país: de acordo com a pesquisa, de 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. No início dos anos 90, 35% da população brasileira com mais de 15 anos era fumante.
Dentre as medidas que contribuíram para essa redução, de acordo com o Ministério, estão a proibição da veiculação de publicidade durante determinado horário, de adição de substâncias que alterem o sabor dos cigarros e produtos derivados do tabaco, da existência de fumódromos, aumento de alíquota e impostos sobre o produto, entre outras.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. De acordo com levantamento da Aliança de Controle do Tabagismo, o Brasil gasta R$ 21 bilhões com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco. O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011. O estudo demonstra, ainda, que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no país. São 350 mortes por dia.

Ações no Dia Nacional de Combate ao Fumo

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove uma série de ações para alertar a população sobre os riscos do cigarro e produtos derivados do tabaco.
Das 10h às 15h profissionais do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), unidade da pasta, estarão no Espaço Cultural do Conjunto Nacional, na capital paulista, promovendo a campanha “Fumar: faz mal para você, faz mal para o planeta”.
As ações incluem distribuição de panfletos informativos, a exposição comparativa de dois pulmões estilizados, um de fumante e outro de não fumante, e avaliação odontológica para identificação de possíveis lesões pré-cancerígenas causadas pelo cigarro.
Também serão realizados exames como: aferição da pressão arterial, glicemia, hepatite C, colesterol, cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), acompanhados por médicos, nutricionista e enfermeiros.
Durante a ação, ainda serão realizados o teste de Fargerstron, para avaliação do grau da dependência do tabaco e outras drogas, e o exame de monoximetria, que mede o nível de monóxido de carbono expirado. Para os casos que apresentarem alto risco de dependência será oferecido encaminhamento a serviços especializados para o tratamento.
Quando: quarta-feira (29), das 10h às 15h
Onde: Espaço Cultural do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073

"Você vai parando a vida. É um sofrimento", diz paciente de doença pulmonar causada pelo cigarro
"A falta de ar, cansaço, dores musculares. Você vai parando sua vida e acaba sentado, sem conseguir fazer nada. É um sofrimento constante. Doença do coração mata. Mas aqui, falta o ar, o oxigênio", conta Glaucio Prata, 69 anos. "Em uma crise, peguei uma faca para abrir a traqueia e poder respirar. Sorte que meu filho chegou na hora e tirou a faca da minha mão. Na pior crise, foram sete meses internado no hospital e um ano com oxigênio em casa".
Uma realidade bem parecida com a de Prata é vivida por mais de 7 milhões de brasileiros, que, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, têm DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). A doença é uma junção da enfisema com a bronquite crônica. Tosse, falta de ar e cansaço são os primeiros sintomas. A principal causa: o tabagismo.
A doença, que já é a quinta maior causa de morte no mundo e será a terceira até 2020. No Brasil, 40 mil pessoas morrem por ano por causa da DPOC, o que equivale a quatro pacientes por hora. A doença aumenta em 2,37 vezes o risco de um infarto ou de um AVC.

No Brasil, doença ligada ao cigarro mata acima da média mundial
São Paulo - Apesar da queda no número de fumantes nos últimos anos, o Brasil ainda registra casos de mortalidade por doença respiratória obstrutiva crônica (DPOC) associada ao cigarro acima da média mundial. Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que será divulgado hoje durante o evento em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, aponta que oito em dez homens e seis em dez mulheres que morrem de DPOC no País fumam. A média mundial de mortalidade nesses casos, segundo o Inca, é de cinco em cada dez homens e duas em cada dez mulheres.

A DPOC é uma doença progressiva crônica e incapacitante, que pode se manifestar como bronquite ou enfisema pulmonar. Em 90% dos casos, o enfisema é causado pelo cigarro, que causa inflamação nos brônquios e destrói os alvéolos e o tecido pulmonar. Com o tempo, a pessoa perde a capacidade de respirar normalmente - a troca gasosa fica debilitada. A estimativa é que de 6% a 7% da população com mais de 40 anos tenham o problema.

Além disso, o Inca estima que 1 milhão de brasileiros, jovens ou idosos, convivem com alguma doença respiratória crônica associada ao ato de fumar. Essas enfermidades representam hoje a terceira causa de mortalidade por doença no Brasil, ficando atrás apenas dos problemas cardiovasculares e dos cânceres.

Doença pulmonar crônica será terceira maior causa de morte no mundo em 2030

Comentários

Falta de ar pode indicar que você acabou de ver a pessoa por quem é apaixonada, mas também pode ser sintoma de uma doença pulmonar. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) será a terceira causa de morte no mundo em 2030.

Diagnóstico

A doença é confirmada por meio de um teste chamado espirometria, que mede a quantidade de ar que uma pessoa pode inspirar e expirar e a rapidez com que o ar curcula para dentro e fora do pulmão.

Por isto, a DPOC, que abarca a bronquite crônica e a enfisema, foi um dos principais temas do congresso anual da Sociedade Respiratória Européia (European Respiratory Society), que ocorreu no final de setembro em Amsterdã, Holanda. O mais preocupante é que metade dos (estimados) 210 milhões de pessoas que têm a doença não sabe.

“Muitos fumantes acreditam que pigarro e tosse são normais em quem fuma, mas este é o primeiro sintoma da DPOC. Quanto antes é iniciado o tratamento, menos danos há no pulmão já que a doença não tem cura”, conta o pneumologista José Roberto Jardim, diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da Unifesp (Universidade Federal Paulista).



 

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