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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Reflexão para Hoje

QUANDO A TRAGÉDIA NOS ALCANÇA


Enviada por: Pr. Israel Belo de Azevedo
Passamos, por experiência própria ou pela dor de uma pessoa querida, por situações trágicas que nos deixam atônitos.

Cabem aqui tristemente a morte prematura de uma pessoa próxima. Embora toda morte seja prematura, no sentido de que não a desejamos, umas são mais surpreendentes, especialmente quando provocadas por um acidente num meio de transporte ou por uma calamidade na natureza ou quando acontecem a pessoas que aparentemente estavam bem, antes que o coração colapse, o aneurisma derrame ou o câncer devaste. Há muitas maneiras de a morte nos surpreender. Ela quer vencer a vida e vai triunfar.

Quando seu golpe fatal se dá ao nosso lado, nossas dores são plurais: tristeza, depressão; saudade, gratidão; perplexidade, revolta.

Lamentamos, choramos, gritamos, silenciamos, calamos e, sobretudo, perguntamos: como será nossa vida daqui para a frente? quem estará ao nosso lado quando precisarmos? quem nos ouvirá? quem nos aconselhará? com quem nos divertiremos? quem nos ajudará a tocar os nossos projetos? Nessas horas as palavras servem pouco.

Mas chegará um momento em que serão necessárias, já que elas dão nome e sentido às coisas.

Eis, então, algumas, oferecidas com o desejo de apoiar quem experimenta a dor da separação dita definitiva.

1. Não desejamos a morte, mas ela aconteceu. Este senso de realidade é dolorosamente necessário. Ele não vem de imediato e precisa ser buscado.

2. Podemos procurar respostas, mas precisamos saber que, mesmo que as tenhamos e nos consolem, nada vai alterar o fato da partida. Nós e nossos amigos temos dificuldade em conviver com a melhor resposta, neste caso: um seco "não sei".

3. É muito comum nos sentirmos culpados, por não termos feito algo para salvar a vida do nosso querido ("ah, se eu estivesse aqui"; "ah, se eu tivesse feito um pouco mais"). Na maioria dos casos, esta culpa simplesmente não existe. No entanto, uma vez atribuída, solapa as emoções e instala o conflito entre os familiares.

4. Muitos também procuram, no desespero da saudade, confortos que o bom senso e a Biblia reprovam. Saul, atordoado com a perda da realeza, buscou uma advinha que ele mesmo tinha desterrado, imaginando poder pedir explicações ao profeta que o ungira e desungira.

5. Precisamos saber que a vida continua. Quando seu filho estava doente, o rei Davi prostrou-se em lágrimas alimentadas pelo jejum. Quando o filho morreu, ele lavou o rosto e comeu. Ele não se alegrou, mas seguiu em frente, porque nada havia a ser feito, senão enterrar o menino.

6. Precisamos principalmente saber que não estamos sozinhos. Temos amigos, dos quais não devemos nos afastar. Temos um Deus amoroso, a ser abraçado. O fato de não ter evitado a tragédia não significa que Ele não nos ame. E este amor se demonstra quando não sai do nosso lado, confortando-nos com palavras e soprando sobre nós o hálito da esperança.

Assim, quando a tragédia nos alcançar, que a graça de Deus nos sustente.

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