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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Afinal, quanto vale sua alma?


Enviada por: irmão Erivado - Salvador BA
Num contexto profissional ou negocial, até que ponto devemos ir para alcançar o sucesso sem que com isso tenhamos que vender nossa alma a preço de banana?

Serei reto, curto e grosso em minha pergunta: quanto vale a sua alma? Antes que o digam, não sou religioso fanático. Todavia, acredito que a alma existe e, ao contrário do que pensam alguns políticos por aí, creio também que não tenha preço. O leitor mais acostumado com meus artigos que, embora sejam poucos neste portal, geralmente, são de cunho bem racional, deve questionar minha sanidade ao introduzir um elemento metafísico tão espiritual quanto a temática da alma neste aqui. Vou explicar, é que os empresários, funcionários, autônomos e investidores do Brasil e do mundo precisam de suas almas mais do que imaginam.

É preciso diferenciar "alma humana" de:

a. "espírito de porco";

b. "etiqueta empresarial/profissional";

c. "valores, ética e moral"

Alma humana não se trata de nenhum dos itens acima. Alma humana se trata de atitudes, que podem ser boas ou não. Em nome do lucro, do bom negócio, do prêmio, do cumprimento das metas, da promoção e dos dois tapinhas nas costas muita gente faz o errado, com o pretexto de que "os fins justificam os meios" ou de que "Deus escreve certo por linhas tortas", ou ainda com o infame "time is money". Maior engano não há: o sistema pechincha mais e mais, dia a dia, pelo que pagará por nossas almas e a vendemos no "dou-lhe uma", num piscar de olhos.

Falta em nossos atos humanidade. Valendo-me das palavras de Charles Chaplin: "O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
Fazer o que dizem os sabichões aqui, do alto de seus artigos, não é fácil e, para os de pouca ou nenhuma fé, impossível. O impossível é uma boa justificativa para o que, de fato, não queremos fazer, como já anunciou Einstein: "Não sabendo que era impossível, foi lá e fez". O caminho para mudança das atitudes passa pela reflexão, no que espero ter ajudado. Por hora, aos que fazem de tudo pelas empresas em que trabalham ou que controlam, fica a dica: não existem pessoas jurídicas no céu, nem recursos perante o Tribunal da Lei. Abram seus olhos e cuidado com o grand finale, ele pode não ser como se imagina.



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